quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Capítulo 10

Amanhecera sem ânimo, disposta a correr 32 quarteirões se fosse preciso. Varreu o chão com muita pressa, descascou as ervilhas e precisou enfeitar-se para o jantar. Quis ter certeza que tudo estava certo: o pote de sorvete continuava dentro do abajur da irmã mais velha.

Alívio. Monstrela está satisfeita. Cola com cuidado a fita adesiva nos pêlos do braço. Está bem firme. Puxa de uma só vez. Arranca todos. E alguns pedaços da pele, também. Escorre. Veste-se com o avental e anda em círculos para deixar rastro. Responde que não é nada disso, que não desse ouvidos ao que os vizinhos falam. Perde a paciência. Você tem que tomar uma atitude, resolver seus problemas. Estou cansada de choramingos.

Volta ao monte bisonho. Abraça-o com carinho. Sente saudades de quando eram apenas os dois. Embora você só atrapalhe, te amo tanto. Quis que tivesse lábios, imagina-os finos e grisalhos. Acerta mais um encontro secreto e lambe baixinho. Mia o gato da meia noite.

Monstrela já não tem mais esperanças.

4 comentários:

  1. Se o Austragésimo Carrano tivesse vivo, leria isso e piraria de novo. Ou mais um pouco. Loucur~!

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  2. Concordo! Uau! Será que Monstrela tem uma trama para resolver??
    O que tem dentro deste pote de sorvete afinal?
    E quem era a voz dos tomates?
    E o que são esses encontros secretos???
    Monstrela! Revele seus segredos!!

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  3. Não acredito! Prima, vc vai revelar o grande mistério do pote de sorvete do abajur da irmã mais velha? Não! É o fim!
    Nós juramos que não contaríamos!

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  4. Tiaaaaaaaaaaaaa!! Por favor!! PELAMORDEDEUS!
    Não revela nosso segredo para a humanidade!!
    Os terráqueos não podem saber o que tem dentro do pote de sorvete da irmã mais velha!

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